Cientistas querem saber se lançar armas nucleares no espaço pode impedir um asteróide catastrófico

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Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL) desenvolveram uma nova ferramenta de modelagem para avaliar a possibilidade de usar um dispositivo nuclear para prevenir um impacto catastrófico de asteroide na Terra.

Essa exploração segue a missão bem-sucedida da NASA em 2022, na qual um impactador cinético foi implantado para alterar a trajetória de um grande asteroide. A missão, conhecida como Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART), demonstrou um método de desvio de asteroide ao colidir uma espaçonave com o asteroide.

A pesquisa do LLNL, detalhada no Planetary Science Journal, investiga uma abordagem alternativa para o desvio de asteroides. O conceito envolve lançar um dispositivo nuclear milhões de milhas no espaço para interceptar um asteroide em rota de colisão com a Terra. A física do LLNL, Mary Burkey, que liderou a equipe de pesquisa, afirmou que, se houver tempo suficiente de aviso, um dispositivo nuclear poderia ser enviado a um asteroide para desviá-lo ou interrompê-lo.

A razão por trás da consideração de dispositivos nucleares para o desvio de asteroides reside na alta densidade de energia por unidade em comparação com impactadores cinéticos. Isso torna os dispositivos nucleares potencialmente mais eficazes para tais missões. Ao entrar em contato com o asteroide, há dois cenários principais. Um envolve detonar o dispositivo nuclear para desviar o asteroide, mantendo-o intacto, mas empurrando-o para longe da Terra. O outro cenário envolve interromper o asteroide, quebrando-o em pequenos fragmentos que também não atingiriam a Terra.

As simulações de múltiplas físicas desenvolvidas pelo LLNL abrangem uma série de fatores para determinar a probabilidade de sucesso de uma missão de desvio nuclear. Essas simulações são sofisticadas e levam em conta vários parâmetros que podem afetar o resultado da missão.

Megan Bruck Syal, líder do projeto de defesa planetária do LLNL, enfatizou a importância de estar preparado para potenciais ameaças de asteroides, apesar de sua baixa probabilidade. Ela afirmou que as consequências de um grande impacto de asteroide poderiam ser devastadoras, tornando essencial explorar todas as medidas defensivas possíveis.

No entanto, o conceito de usar um dispositivo nuclear para mitigar uma ameaça de asteroide não é isento de riscos. Existe a possibilidade de que pedaços do asteroide, após a detonação, ainda possam representar uma ameaça à Terra. Um especialista em asteroides citado pelo New York Times destacou o risco de calcular erroneamente a energia necessária para destruir um asteroide, potencialmente resultando em fragmentos perigosos.

O Dr. Patrick Michel apontou que um erro de cálculo poderia levar à criação de múltiplos fragmentos do asteroide, que ainda poderiam ser grandes o suficiente para causar danos à Terra. Isso sublinha a complexidade e os riscos potenciais associados a tal missão.

Fonte NY Post
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