Especialistas resolveram o “mistério das múmias alienígenas” do México

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Especialistas forenses resolveram recentemente o enigma em torno de duas ‘relíquias’ mumificadas que atraíram considerável atenção no ano passado. Estas relíquias, cada uma com cerca de 60 centímetros de comprimento, foram interceptadas por oficiais da alfândega e geraram ampla especulação devido à sua aparência incomum. Elas foram descritas como tendo mãos de três dedos, cabeças alongadas e uma aparência geral não humana, levando a teorias de que poderiam ser de origem extraterrestre.

Após a descoberta, as amostras foram entregues a especialistas forenses para uma análise completa. Esses especialistas, em colaboração com o escritório do promotor do Peru, foram encarregados de determinar a verdadeira natureza dessas figuras. Sua investigação focou em se estas relíquias tinham origens terrestres ou se eram, como alguns especulavam, evidências de vida alienígena.

Os resultados, divulgados em 12 de janeiro, descartaram quaisquer teorias de origem extraterrestre. A equipe forense, liderada pelo arqueólogo forense Flavio Estrada, concluiu que as figuras não eram artefatos antigos nem seres de outro planeta. Em vez disso, foram identificadas como itens fabricados, construídos usando uma variedade de materiais, incluindo papel, metal, cola e uma coleção de ossos de diferentes fontes.

Estrada enfatizou que a conclusão era direta: as figuras eram essencialmente bonecos, montados usando ossos de animais da Terra e adesivos sintéticos modernos. Ele esclareceu que esses artefatos não foram criados durante os tempos pré-hispânicos, como alguns poderiam ter especulado, e afirmou categoricamente que eles não eram de natureza extraterrestre.

Apesar da clareza dessas descobertas, a origem dos bonecos permaneceu incerta. Foi relatado que eles eram destinados a um cidadão mexicano, embora a identidade do proprietário dos bonecos não tenha sido estabelecida. O Mirror mencionou esse detalhe em sua cobertura do evento.

Os especialistas forenses também apresentaram esses bonecos fabricados a repórteres. Estes bonecos estavam vestidos com trajes vermelhos, laranjas e verdes. Foi determinado que os ossos usados nessas figuras eram derivados de vários animais, incluindo aves, cães e humanos. Essa descoberta reforçou ainda mais a conclusão de que eram artefatos fabricados.

Este incidente não foi isolado em termos de alegações de descobertas alienígenas. O jornalista mexicano e ufólogo José Jaime Maussan havia afirmado anteriormente ter descoberto ‘alienígenas’, que ele chamou de Clara e Maurício, em 2017 perto das Linhas de Nazca pré-colombianas em Cusco, Peru. Maussan afirmou que esses seres tinham entre 700 e 1.800 anos de idade e representavam vida extraterrestre. Ele descreveu essa descoberta como um sinal significativo de espécies não humanas não relacionadas a qualquer espécie conhecida na Terra.

No entanto, o escritório do promotor peruano divulgou um relatório em 2017 contrariando as afirmações de Maussan. O relatório concluiu que as amostras apresentadas por Maussan foram fabricadas recentemente e não eram alienígenas antigos, como ele havia sugerido. Além disso, o Doutor José Zalce Benitez, diretor do Instituto de Pesquisa de Ciências da Saúde no escritório da marinha mexicana, apoiou essa conclusão. Essa avaliação estava alinhada com as descobertas dos especialistas forenses sobre as duas figuras mumificadas apreendidas pela alfândega, desmentindo ainda mais a noção de sua origem extraterrestre.

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